Antes de começar a matéria, temos um aviso gramatical importante: mascote é um substantivo feminino. Pode parecer estranho, mas o correto é A mascote!
A primeira mascote dos Jogos Olímpicos de Verão nasceu em 1972, em Munique. Desde então, essas criaturas viraram um dos principais símbolos da competição. Às vezes amadas, outras nem tanto!
Inspiradas em animais, seres da natureza ou até objetos, as mascotes ajudam a refletir a cultura do país-sede e a receber calorosamente os atletas e turistas. Para você e seus alunos ficarem por dentro desse símbolo, fizemos uma lista com a evolução das mascotes dos Jogos Olímpicos. Comente qual a sua favorita no final!
O cachorro salsicha Waldi marcou a primeira em vez que os Jogos Olímpicos de Verão tiveram uma mascote oficial. Waldi tem listras no corpo com as cores dos anéis Olímpicos.
Um fato curioso é que o formato da mascote foi a rota da prova da maratona. Os atletas deram início ao percurso “no pescoço” do cãozinho e correram no sentido anti-horário.
Waldi é resistente e ágil, características da raça alemã Dachshund, ou melhor, do salsicha.
O castor Amik é um animal nativo do Canadá, país sede dos Jogos. Ele estampa moedas e selos canadenses, além dos brasões de Montreal e Kingston, cidades que receberam as competições de navegação. O roedor também ficou famoso no país por movimentar a economia no século XVI com o comércio de pele de castor.
Em Montreal 1976, Amik representa a persistência e trabalho duro dos atletas, que é característica do animal construtor de represas. A mascote aparece em duas versões: uma com uma faixa vermelha em volta do corpo com o logo da edição dos Jogos e outra com a faixa nas cores do comitê organizador.
Misha é a mascote que virou uma estrela. O adorável urso emocionou o mundo em sua despedida no encerramento dos Jogos com lágrimas caindo de seu rosto antes de ser supenso por balões e desaparecer no céu.
O animal foi escolhido através de uma votação popular e seu desenho também foi fruto de um concurso com mais de 60 participantes, em que o vencedor foi o ilustrador de livros infantis Victor Chizhikov. Em uma entrevista ao The Wall Street Journal, Victor contou que o maior desafio foi transformar o urso em um atleta. Para isso, ele desenhou um cinto de halterofilista com uma fivela dos anéis Olímpicos.
Misha fez muito sucesso na TV e nos diversos produtos que estampa, e até hoje o animal é vendido como souvenir em Moscou.
A primeira ideia de mascote para os Jogos de Los Angeles 1984 era um urso, animal que está presente na bandeira da Califórnia. Mas depois do sucesso de Misha na edição anterior, decidiu-se não repetir o símbolo. Foi então que surgiu a águia Sam, idealizada pelo mesmo criador do Pato Donald, Bob Moore, um dos desenhistas mais emblemáticos da Disney.
A mascote foi uma homenagem ao ícone da cultura norte-americana Tio Sam, com chapéu e gravata borboleta com as cores da bandeira dos Estados Unidos.
Hodori significa “tigrinho” em coreano. A mascote foi escolhida em um concurso promovido pelo Comitê Organizador que contou com mais de quatro mil inscrições. O tigre sorridente usa um colar com os anéis Olímpicos e um sangmo, chapéu tradicional de músicos sul-coreanos com uma fita em forma da letra S de Seul.
A história da mascote criada por Kim Hyun virou o gibi “Venha, Hodori” premiado na categoria infantil de um concurso nacional coreano em 1988.
Depois de 20 anos do salsicha Waldi, a mascote dos Jogos foi um cachorro novamente. Cobi, nome que faz referência à COOB’92, abreviatura do Comitê Organizador Olímpico de Barcelona 1992, é um cão de montanha dos Pireneus que teve seu formato humanizado. Os traços cubistas feitos pelo designer Javier Mariscal deixaram a mascote mais moderna e divertida.
Assim como o urso russo Misha, Cobi participou de propagandas, virou souvenirs e protagonizou o desenho animado “Cobi e sua turma”, que contava as aventuras do cachorro com os seus amigos.
Se hoje as criações digitais estão bombando, em 1996 a mascote Izzy, que marcou o primeiro design de mascote olímpico por computador, não foi tão bem recebida. Nem animal, nem ser humano e nem objeto, “Whatizit”, como foi apresentada pela primeira vez no encerramento dos Jogos de Barcelona 1992, precisou ser redesenhada por John Ryan, seu criador.
Para chegar na versão final, a mascote ganhou estrelas nos olhos, pernas um pouco mais musculosas, um nariz vermelho e uma boca onde antes só havia lábios. Adorada pelas crianças, mas ainda criticada pelos adultos, Izzy protagonizou um desenho no canal Cartoon Network transmitido no outono de 1995 como aquecimento para os Jogos de Atlanta.
Um é pouco, dois é bom, três é demais! Os Jogos de Sydney 2000 tiveram um trio de animais nativos australianos como mascotes.
A primeira é Olly, um pássaro cucaburra, ave australiana conhecida pela risada estravagante. Seu nome é derivado de Olimpíada. Syd, uma referência à Sydney, é um simpático ortnitorrinco. Para fechar, Millie, um equidna ou tamanduá que homenageia o novo milênio. As mascotes representam respectivamente os três elementos: ar, água e terra.
Você deve estar se perguntando o porquê de não ter um coala ou canguru no trio. Essa escolha foi proposital: a ideia era usar animais da Austrália menos conhecidos.
A dupla de mascotes recebeu nomes de deuses do Olimpo, os irmãos Athena e Phevos, para simbolizar a união e fraternidade. Athena é a deusa da sabedoria e Phevos, também conhecido como Apollo, é o deus da luz e da música.
Para honrar ainda mais a tradição grega, as mascotes têm o formato de uma “daidala”, típica boneca terracota em forma de sino do século VII antes de Cristo.
Enquanto Phevos usa uma túnica azul, que remete ao mar e ao emblema dos Jogos Olímpicos, Athena usa uma túnica laranja, como referência ao sol e ao emblema Paralímpico.
Sabe aquele grupinho de alunos inseparáveis? A edição de 2008, em Pequim, trouxe um grupo como mascotes: Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini. Juntos, seus nomes formam a frase “bem-vindo a Pequim” (Bei Jing Huan Ying Nin). A repetição de sílaba em todos eles não é por acaso, foi uma forma de mostrar afeto às crianças.
As mascotes representam os cinco elementos da natureza e cada uma delas traz um desejo, como a tradição da antiga cultura da China:
Beibei (azul) é um peixe, como referência à água. Ela tem o desenho de ondas na cabeça inspirado na pintura tradicional chinesa e deseja a prosperidade.
Jingjing (preto) é um panda que representa a floresta. Seu desejo é felicidade e as flores de lótus em sua cabeça são inspiradas nas pinturas de porcelana da dinastia Song (960-1279 d.C.).
Huanhuan (vermelho) é uma criança de fogo e simboliza a paixão pelo esporte, a chama e o espírito Olímpico. A decoração de sua cabeça é inspirada na arte da gruta Dunhuang.
Yingying (amarelo) é um antílope-tibetano que representa a terra. Com o desejo de saúde, a mascote carrega elementos decorativos da China Ocidental na cabeça.
Nini (verde) é uma andorinha que simboliza o céu. Seu desenho lembra os papagaios chineses e seu desejo é a sorte.
A mascote de Londres 2012 foi batizada com o nome da pequena cidade inglesa Much Wenlock, onde são realizados desde 1850 os Jogos de Wenlock, uma das competições que inspirou o Barão Pierre de Coubertin na criação dos Jogos Olímpicos da modernidade.
Wenlock tem visual metálico e carrega várias referências na sua aparência. A luz na cabeça lembra a dos táxis pretos da cidade, o formato da testa é semelhante ao da cobertura do estádio Olímpico, seu olho é como a lente de uma câmera, as pontas na cabeça representam os lugares do pódio e as pulseiras os anéis Olímpicos.
Para expressar a diversidade da fauna brasileira, Vinícius, uma homenagem ao poeta e compositor Vinícius de Moraes, foi criado para os Jogos Rio 2016. Ele é uma mistura de vários animais brasileiros como macacos, felinos e aves, de quem ele carrega as principais habilidades.
Com influências da cultura pop, vídeo-game e personagens de animação, sua missão é levar o espírito dos Jogos para todos os públicos, principalmente o infanto-juvenil.
Em uma votação aberta ao público, Vínícius & Tom (mascote Paralímpico) foram escolhidos entre os nomes Oba & Eba e Tiba Tuque & Esquindim.
Vinícius virou uma febre Olímpica e teve momentos incríveis nos Jogos, quando, por exemplo, comemorou com o multicampeão olímpico Bolt.
Tóquio 2020 teve Miraitowa como mascote. Seu nome deriva das palavras japonesas “mirai” (futuro) e “towa” (eternidade). Inspirada em um robô, a criatura mantém o equilíbrio entre o tradicional e o futurista. Ela foi criada com a missão de espalhar uma mensagem de esperança que permaneça sempre nos corações das pessoas.
Miraitowa foi escolhida através de um concurso promovido pelo Comitê Organizador da Tóquio 2020 que recebeu mais de 2.000 ideias de pessoas no Japão. Após uma seleção, três finalistas foram escolhidos e a decisão final ficou por conta de crianças nas escolas. Elas votaram e o projeto de Ryo Taniguchi ganhou com mais de 100.000 votos.
Finalmente chegamos a 2024! Esse ano as mascotes são as mesmas, “The Pryges”, com apenas um detalhe de diferença: a mascote Olímpica usa um tênis branco e a Paralímpica tem uma prótese na perna.
Ao contrário das outras edições, os organizadores queriam algo que representasse um ideal e não um animal ou criatura. Daí surge a ideia de usar o “chapéu da liberdade”. Os chamados barretes frígios são gorros vermelhos usados na Revolução Francesa, que viraram o símbolo da república no país.
As mascotes tem as cores azul, vermelho e branco, as mesmas da bandeira da França, e o logo dourado de Paris 2024 no peito. “Sozinhos somos rápidos, mas juntos vamos mais longe” é o lema das personagens, que são símbolo de união e trabalho em equipe. Sua missão é começar uma revolução no esporte, demonstrando que ele tem o poder de provocar mudanças significativas na sociedade.
Preparamos um PDF gratuito com a histórias das mascotes Olímpicas e Paralímpicas para você compartilhar com os alunos. Baixe AQUI e veja qual o personagem favorito da turma!
Vinícius uhuuuuuu
Amei Mais O Mascote Miraitowa
Amei Mais o Miraitowa
o primeiro eh o mais lindo
Urso de moscou
Gostei mais do Vinícius
Miraitowa gostei muito
Mais eu amo o Vinicius
Eu gostei dos de Pequim 2008
Eles são muito fofos
Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini de 2008 e eu gostei muito deles
Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini de 2008
Minha mascote favorita é a Misha. Ficou marcada para sempre!!! Parabéns mais uma vez pelo brilhante trabalho de vocês!!!
Adoro essa plataforma,sempre nos deixa atualizados
Muito boa matérias sobre os mascotes muita riqueza nos conteúdos parabéns sucesso ai .
Vini
Vinícius é o mais bonito! Representou a minha nação!
Vinícius é o melhor!
Mischa e Vinicius um pela simpatia o outro por representar meu país
Olá, material riquíssimo e maravilho… Parabéns!!!
O de París é bem feio. O do Rio é lindo.
Tem algum arquivo que possa imprimir e que eu possa trabalhar com os alunos do fundamental I?
Miraitowa
Amei
Eu gosto bastante dos mascotes de 2016( Vinícius e Tom) e os de agora (The Pryges).
eu também