Histórias Inspiradoras
Fique por dentro da história do basquete no Brasil
Faça uma viagem no tempo para conhecer a história do esporte da bola laranja aqui no nosso país
Você conhece a história do basquete no Brasil? Criado há mais de 130 anos nos EUA, não demorou muito até a nova modalidade desembarcar por aqui.
Pensado pra ser uma opção durante o forte frio do inverno, o que não combina muito com o nosso clima tropical, o esporte já passou por muitas mudanças ao longo das décadas.
E quando a coisa começou a ganhar proporções internacionais, o Brasil foi o primeiro país da América do Sul a conhecer a novidade.
Então se liga, que hoje você vai mergulhar na origem do basquete e como ele chegou ao Brasil. Além disso, irá conhecer jogadores e jogadoras que ajudaram a popularizar o esporte por aqui, incluindo a turma que passou pelas ligas profissionais norte-americanas, a NBA e a WNBA.
O basquete foi criado em 1891, nos EUA, pelo professor de Educação Física James Naismith. Com o rigoroso inverno americano, ele queria um esporte que pudesse ser praticado tanto em lugares fechados, durante o frio, quanto em espaços abertos, no calor.
Além disso, deveria ser um exercício com bola, usando as mãos e com menos contato físico, ao contrário do futebol americano, que era mais agressivo.
Assim nasceu o basquete, que no ano seguinte teve suas primeiras partidas, masculinas e femininas, com algumas diferenças curiosas em relação a hoje em dia.
Logo o esporte foi se popularizando, levado pra todos os cantos do mundo. Até que, em 1936, fez a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Berlim.
Depois de algumas partidas internas e sem público na Associação Cristã de Moços de Springfield, onde foi criado, o primeiro jogo oficial aconteceu em 11 de março de 1892.
Nesse dia, em Springfield, Massachusetts, cerca de 200 pessoas viram o time dos alunos derrotar a equipe dos professores por 5 a 1, no ginásio Armory Hill.
Uma curiosidade é que, nas primeiras vezes em que o esporte foi jogado, uma cesta de pêssegos foi usada. Porém, toda vez que a bola caía na cesta, era necessário alguém subir em uma escada pra tirar ela de lá. Imagina a trabalheira!
Somente algum tempo depois, o fundo foi cortado (grande ideia). E, mais adiante, foram criados os aros de metal. Além disso, por muito tempo o basquete foi praticado com uma bola muito mais parecida com a de futebol.
Mas apesar dessas diferenças, uma coisa se manteve. Desde as primeiras partidas, a cesta fica a uma altura de 3,05 m do chão.
O ano era 1896, quando o norte-americano Augusto Shaw recebeu um convite pra dar aulas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, e junto trouxe o esporte para o Brasil.
Aqui vale destacar que o basquete fez sucesso primeiro entre as mulheres, já que os homens ainda estavam deslumbrados com uma outra novidade recente no país, o futebol.
No entanto, vencida a resistência, no mesmo ano ele conseguiu organizar a primeira equipe masculina do Mackenzie College e também da história do basquete no Brasil.
Alguns nomes que ajudaram a difundir o esporte foram Oscar Thompson, em São Paulo, e Henry Sims, no Rio. Até que o primeiro torneio aconteceu no Rio de Janeiro, em 1912, no ginásio da rua da Quitanda.
Apesar disso, foi somente em 1915 que o basquete começou a ficar mais acessível, com a tradução das regras pro português.
Assim, em 1922, a primeira Seleção Brasileira de Basquete foi convocada pra um torneio entre Brasil, Argentina e Uruguai, em que o Brasil foi campeão.
Outro fato importante é que o Brasil é um dos poucos países a participar de todas as edições, sendo duas vezes campeão, em 1959 e 1963, desde o início dos Campeonatos Mundiais, em 1950.
Como já deu pra perceber, nosso país tem uma rica história e tradição no esporte.
E isso passa diretamente por alguns atletas que marcaram a história do basquete no Brasil.
Assim, quando se fala do assunto, é impossível não lembrar de Oscar Schmidt, Hortência Marcari, Magic Paula, Nenê, Janeth Arcain, Anderson Varejão e tantos outros nomes que deixaram suas marcas.
Oscar Schmidt, por exemplo, abriu mão de jogar na NBA pra continuar na Seleção Brasileira, numa época em que os jogadores da liga não podiam jogar por seleções nacionais.
E pelo Brasil conquistou diversas medalhas, sendo a maior delas o ouro no Pan-Americano de 1987, nos Estados Unidos.
Já entre as mulheres, Hortência, Paula e Janeth, entre outras, fizeram parte de uma geração vitoriosa do basquete feminino, que conquistou o topo do pódio no Mundial de 1994, na Austrália.
E se o assunto são os craques do Brasil, não dá pra deixar de falar dos nossos jogadores que já passaram pela maior liga de basquete do planeta. Ao todo, foram 18 brasileiros na NBA!
A primeira vez que isso aconteceu foi lá na temporada 1988/1989, com Rolando Ferreira Júnior.
Depois de vencer o Pan-Americano com a seleção, ele foi jogar na Universidade de Houston. E no ano seguinte foi draftado pelo Portland Trail Blazers, onde ficou por uma temporada.
Outro grande nome que vale a gente citar é Nenê. O pivô foi a 7ª escolha no draft de 2002, pelo Denver Nuggets, em que ficou 10 anos. Depois, ainda passou por algumas temporadas no Washington Wizards e no Houston Rockets.
Mas nenhum fez tanto sucesso quanto Anderson Varejão, ídolo dos Cavs. Draftado em 2004 pelo Orlando Magic e trocado com o Cleveland Cavaliers, onde jogou 13 temporadas ao todo (12 seguidas), chegou a fazer parceria com LeBron James.
Uma curiosidade é que ele foi o primeiro jogador a defender os dois finalistas da NBA no mesmo ano, quando trocou o Cavaliers pelo Warriors, em 2016.
Atualmente, só dois brasileiros estão na liga. Raulzinho Neto, armador, que entrou em 2015 pelo Utah Jazz, passou pelo Philadelphia 76ers e atualmente defende o Washington Wizards.
E Didi Louzada, ala que chegou em 2021 no New Orleans Pelicans, e em 2022 foi pro Portland Trail Blazers.
No entanto, pode ter gente chegando. Gui Santos, ala-armador do Minas Tênis Clube, está inscrito pro draft de 2022, em 23 de junho. Quem sabe vem aí uma novidade verde e amarela na liga?
Enquanto isso, as brasileiras também marcaram presença na liga de basquete feminina.
Atualmente, o Brasil só tem uma representante na WNBA, a ala-pivô Damiris Dantas, do Minnesota Lynx. Mas vários nomes importantes já passaram por lá.
A mais conhecida de todas é Janeth Arcain, que jogou pelo Houston Comets de 1997 a 2005 e foi quatro vezes campeã da liga. Além de fazer parte do Hall da Fama do Basquete Feminino.
Outras grandes brasileiras com passagens marcantes na WBNA são Iziane Marques (11 anos na liga) e Érika de Souza, três vezes no All-Star Game.
Quando o assunto é bola na cesta, deu pra perceber que os brasileiros também mandam bem em quadra. Mas e na quadra das escola, professor, vamos juntos levar esse esporte para lá?
Deixe um comentário