Histórias Inspiradoras

Flag football: versão adaptada do futebol americano ganha adeptos no Brasil

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O crescimento expressivo na audiência do Super Bowl no Brasil nos últimos anos confirma a identificação dos brasileiros com o futebol americano. Segundo dados fornecidos pela ESPN, emissora responsável por transmitir ao vivo todos os jogos da temporada de NFL (principal liga de futebol americano), a audiência do esporte cresceu 78% de 2014 para este ano no país. A partida da final entre o New England Patriots e o Philadelphia Eagles, que aconteceu no início de fevereiro, registrou a maior audiência da história no canal. E a popularização da modalidade não acontece só diante das televisões ou pela internet. Os jovens não estão interessados apenas em acompanhar, eles também querem entrar em campo e jogar.

E foi justamente através do futebol americano que Fernanda Pessanha, de 33 anos, atleta do Cariocas F. A. e diretora na Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA), conheceu o Flag football. Essa versão adaptada é muito utilizada nos Estados Unidos para introduzir a prática do futebol americano nas escolas e ganha cada vez mais adeptos no Brasil. Apesar de ainda ser considerado um esporte amador no país, desde 2013 tem sua própria competição nacional e times de todas as regiões.

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Segundo dados da CBFA, existem cerca de 100 equipes registradas atualmente, e o Circuito Nacional de Flag football, principal competição do país, têm 85 equipes pré-inscritas para jogar em 2018. Destas, 60%  são femininas e 40% masculinas, e a estimativa é de pratiquem o esporte cerca de 1800 atletas no Brasil.

Conteúdo gratuitoFlagball e futebol americano: qualquer semelhança não é mera coincidência

“Tanto como jogadora e organizadora é muito interessante ver que começou com seis, oito equipes e hoje em dia tem mais de 80. Nós vemos que estamos fazendo um bom trabalho, e que as pessoas estão gostando. Interessante ver também em relação à seleção brasileira. Como esse crescimento de equipes ajuda a formar outros atletas e encontrar atletas para compor a seleção. O Brasil é um país muito grande e nós sabemos que tem muita gente boa espalhada por aí”, ressaltou Fernanda, que é diretora da modalidade na Confederação.

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As regras básicas do flag são similares às do futebol americano, mas em vez de derrubar o jogador com a bola ao chão, o defensor deve retirar uma fita e parar o ataque. Todos os jogadores usam um cinto, onde as duas flags (ou fitas) estão presas por um velcro.

O Flag football ou Flagball, como também é conhecido, minimiza as lesões da versão tradicional e ainda barateia os custos. Assim como o Flag, o futebol americano poder ser praticado em um campo de grama com dimensões similares a um campo de futebol, mas o resto dos materiais como capacete, chuteira e ombreiras têm um preço bastante elevado. Além disso, é um esporte de alto contato, o que pode inibir a inclusão das pessoas como acontece muitas vezes com as mulheres.

“Muitas meninas tinham medo de se machucar. Tinham medo de praticar o futebol americano por ser um esporte de contato, bruto, que tem que derrubar. E aí começam a praticar o flag, que é uma modalidade mais leve”, explica Fernanda.

O Flag é uma atividade extremamente democrática. Não existe um tipo físico mais adequado para praticar essa modalidade. O aluno pode ser magro, baixo, alto ou estar acima do peso, ele terá lugar no time de Flag football. É uma ótima oportunidade para variar as aulas de educação física nas escolas, estimular a inclusão e a prática de novos esportes.

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“Se você comparar uma adolescente brasileira e americana é possível notar que a coordenação motora e os reflexos da americana são melhores. Você percebe essa diferença. E essa falta de variedade de esportes atrapalha no desenvolvimento motor dos jovens. Cada esporte tem seu benefício. O flag ou até o futebol americano são importantes de serem inseridos na escola porque qualquer um pode jogar”, ressaltou.

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