Histórias Inspiradoras

Vôlei sentado: origem, regras, como praticar e muito mais

Aprenda mais sobre o vôlei sentado, esporte fácil e divertido de ensinar na escola

Criado na década de 1950, o vôlei sentado se tornou uma das principais modalidades Paralímpicas. Mas esse esporte pode ser ensinado para todos os alunos, com ou sem deficiência, em uma aula divertida sobre inclusão e respeito. O Impulsiona preparou um passo a passo para ajudar o professor a ensinar o vôlei sentado na escola. Clique AQUI para fazer o download, e leia tudo sobre a modalidade abaixo.

As regras do vôlei sentado

Vamos começar com as regras básicas do vôlei sentado. A principal norma é: para bater na bola, os glúteos devem estar encostados no chão. De forma geral, homens e mulheres podem competir, sendo sempre seis jogadores por time. A rede tem altura de 1,15m, no caso dos homens, e 1,05, para as mulheres. Isso permite que os praticantes atuem sentados. A quadra é menor que a de vôlei convencional: 10m de comprimento por 6m de largura.

Na contagem de pontos, a ideia é a mesma do vôlei Olímpico: cinco sets de 25 pontos corridos, com o set final de 15 pontos. O primeiro time a vencer três sets vence a partida. São permitidos bloqueios de saque desde que os jogadores estejam em contato com o solo — exceto nos deslocamentos. Veja um resumo abaixo no infográfico feito pelo Ministério do Esporte.

infográfico com as principais regras do vôlei sentado

Quem pode disputar

Outro detalhe importante diz respeito ao nível de limitações físicas de cada participante. Os jogadores são classificados em duas classes: aqueles com amputações e limitações de locomoção mais acentuados são classificados como D (do inglês disabled); e os que possuem problemas de articulações leves ou pequenas amputações nos membros são classificados como MD (do inglês minimally disabled). Cada time só pode contar com dois jogadores da classe MD, e os dois não podem estar em quadra ao mesmo tempo.

A origem do vôlei sentado

O vôlei sentado nasceu em 1950 com outro nome. Ele é a evolução do “sitzball”, modalidade alemã que ganhou praticantes em todo leste europeu.

A premissa do sitzball é bem parecida com a do vôlei sentado, mas existem algumas diferenças importantes. No sitzball, a bola pode quicar uma vez no chão e a quadra tem medidas diferentes. Além disso, não existe uma rede para dividir os lados, mas sim uma fita que delimita a altura.

A avaliação do Comitê Paralímpico Internacional foi de manter apenas uma das atividades em sua lista de modalidades. Foi em 1976, em Toronto, no Canadá, que o vôlei sentado fez sua estreia no Jogos Paralímpicos de Verão. Desde então, ele faz parte do programa Paralímpico.

O vôlei sentado nos Jogos Paralímpicos

O primeiro país campeão de vôlei sentado foi Israel, em Toronto 1976, superando a Grã Bretanha na final. Na história dos Jogos, o domínio é dividido entre Irã e Bósnia, que se alternam em primeiro e segundo lugar no pódio em Jogos Paralímpicos e Mundiais. Em 2016, nos Jogos do Rio, já com a participação feminina, a seleção masculina do Irã e feminina dos Estados Unidos levaram o ouro. A edição, por sinal, deu a primeira medalha na modalidade ao Brasil, com o bronze feminino.

O gigante do esporte

É do Irã o grande nome do esporte – realmente grande. Morteza Mehrzad tem 32 anos e 2m46cm de altura. Trata-se do atleta Paralímpico mais alto da história e o segundo homem mais alto ainda vivo. Em 2016, no Rio, ele conquistou a medalha de ouro pelo seu país. Foram 28 pontos somente na final.

Morteza Mehrzad corta a bola com grande altura

Brasil começa a ganhar destaque

A história do vôlei sentado no Brasil mostra uma modalidade em ascensão.

Apesar do esporte ter sido criado em 1956, as seleções brasileiras só começaram a disputar competições internacionais em 2003, no Parapanamericano de Santo Domingo, na República Dominicana.

Na primeira competição, o Brasil conquistou duas medalhas de prata, no masculino e feminino. Desde então, as equipes brasileiras acumularam bons resultados em campeonatos mundiais. Depois dos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, o Brasil se colocou no patamar de grande seleção Mundial.

Para os jogos de Tóquio, em 2020, o Brasil desponta como uma das forças da modalidade. Isso foi reforçado no Parapan de Lima, em 2019. As mulheres conquistaram a prata, após derrota para os Estados Unidos na final. Já os homens alcançaram o ouro, em vitória frente aos americanos. Na foto abaixo, de Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB, os atletas brasileiros comemoram a vitória.

atletas brasileiros de vôlei sentado celebram mordendo medalha de ouro

Inclusão é palavra chave

Especialistas citam diversos motivos para que o vôlei sentado seja apresentado por educadores a pessoas com alguma limitação física. Um dos pontos fundamentais é a melhora da saúde, principalmente em aspectos relacionados às limitações físicas, como possíveis dores crônicas. As indicações também são positivas no combate a diagnósticos de ansiedade e depressão.

Mas o vôlei sentado, no ambiente escolar, pode ser praticado por todos os alunos. É uma atividade divertida, fácil de adaptar aos espaços da escola. E no final, o professor pode conversar com os alunos sobre o respeito às pessoas com deficiência. Baixe AQUI um material ensinando a levar o vôlei sentado para a sua escola!

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39 comentários

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  1. R.K disse:

    Muito boa a matéria, precisava de algo fácil para um trabalho e vocês me ajudaram .continuem assim ,um abraço

  2. Maria disse:

    Como são feitas as adaptações do vôlei sentado

  3. Rafael Godinho de Oliveira Nazareth disse:

    O vôlei sentado é uma modalidade incrível, especialmente por ser inclusiva e permitir que pessoas com diferentes tipos de deficiência possam praticar esportes de forma adaptada. Sua origem vem das paralisimpíadas, com o objetivo de promover a inclusão através do esporte. As regras são bem parecidas com o vôlei tradicional, mas com algumas adaptações, como a necessidade de os jogadores manterem pelo menos uma parte do corpo em contato com o solo durante toda a partida. É uma prática que pode ser desenvolvida em escolas, clubes e centros de reabilitação, proporcionando benefícios para o corpo e a socialização. Com certeza, uma ótima alternativa para quem busca uma experiência esportiva diferente e acessível!

  4. wenisleymendes@gmail.com disse:

    top

  5. Tamires disse:

    Toop!!

  6. É ótimo ver o destaque dado ao vôlei sentado, uma modalidade esportiva que promove inclusão e superação. Parabéns pelo conteúdo que destaca os benefícios físicos, emocionais e sociais desse esporte para pessoas com deficiência.

  7. Nina disse:

    Achei tudo oque eu precisava para fazer a minha pesquisa, obgd !

  8. Dafini disse:

    Muito bom eu achei TD oq eu precisava muito abrigado muito bom

  9. Creusa disse:

    Eu Creusa,se eu soubesse que voleim sentando ,era Tam bom eu não tinha perdido tempo.!

  10. Juniorcastelobranco disse:

    Obg amigos do impulsiona

  11. José Natal da Silva Brum Brum disse:

    O esporte tem pode fantástica de inclusão e adaptação nas aulas de educação física .

  12. Waldomir Sebastião Ferreira disse:

    Fantástica a matéria, onde a palavra INCLUSÃO, mostra que todos podem e devem estarem praticando essa ou aquela modalidade esportiva, melhorando sobre maneira a qualidade de VIDA!

  13. Juniorcastelobranco disse:

    Vôlei sempre e um esporte de emoção não e diferente do vôlei sentado trás a inclusão como chave para a modalidade.

  14. waldeilson freitas guimarães disse:

    muito rico e interessante.

  15. Dittrich disse:

    Muito interessante o contexto trazido, pois fala sobre o vôlei paraolímpico, que é notório perceber a inclusão poucas, mas evoluente, principalmente em nossa sociedade.

  16. Carla caniato disse:

    Muito boa a explicação. Da para entender tudo e as divisões que é o mais importante. Obrigada.

  17. joao disse:

    primeira fez q eu to vendo esse volei sentado. muito legal

  18. Leandro disse:

    Ótimo

  19. Isabeli disse:

    Gostei muito por o motivo de poder ser praticado por todos sem limitações pra ninguém, bem legal a história é como o Brasil se destacou também.

  20. Marco Antonio Custodio Silva disse:

    Com grande propriedade e conteúdo uma modalidade que estende ao portadores de deficiência dos membros inferiores e também com jogo pré desportivo para iniciantes e ou….
    Coloco na prática das minhas aulas de iniciantes e até treinamento e com disputas de partidas e semore bem aceitas e aproveitadas

  21. Lorena Muraro disse:

    Gostei muito,me ajudo muito no meu trabalho

    1. Lucca Lima Alexandre disse:

      Kkkķkkk

  22. Letycia Kattylin Albino Lopes disse:

    Gostei, me ajudou no meu trabalho.

  23. eae disse:

    so n gostei por que n tem as adaptaçoes para tal modalidade ;-; fora isso muito bom

  24. Lauanny disse:

    Se o jogador for amputado nos braços(me refiro ao braço inteiro)ele pode jogar com os pés?

  25. guilherme disse:

    eu queria saber como que é a arbitragem

  26. Arthur disse:

    eu realmente gostei de conteúdo

  27. Barbara Luisa Alcantara disse:

    muito bom

  28. Helena Mattos Costa disse:

    gostei , porém , quem foi o criador do voleibol sentado ?

  29. Robson Freitas disse:

    Fantástico, ótimo conteúdo!

  30. Iêda disse:

    Gostei muito do material! Excelente!!!!!

  31. Ronivaldo Marques de Oliveira disse:

    Muito bom esse projeto.

    1. Impulsiona disse:

      Valeu, Ronivaldo!

  32. Lucia Paiva disse:

    Foi a primeira vez ,que acompanhei os Parolimpico, em quase todas as modalidades…fiquei mto sensilizada e emotiva de ver tamanho empenho em ver que o sentimento emocional impulsiona o corpo realizar movimentos desafiadores que querem Ser e Ter sentido para Vida…
    SHOW!!!

  33. Giancarlo Larini disse:

    Top muito bom

  34. Carlos Cimino disse:

    Parabéns excelente matéria do Voleibol Paralímpico!

    1. Impulsiona disse:

      Valeu, Carlos! \o\