O sinal toca e, em vez de corredores silenciosos ou alunos vidrados no celular, a escola está movimentada: quadra ocupada com jogos, espaço de leitura, música no pátio e gincanas. Essa é a nova rotina dos estudantes da EREFEM Caio Pereira, em Recife (PE), onde o recreio deixou de ser apenas uma pausa para se tornar um momento planejado de esporte, cultura e lazer.
A iniciativa foi criada pelo professor Álvaro Pessoa da Silva, em parceria com o grêmio estudantil. Estudantes do 6º ao 8º ano participam das atividades, enquanto os alunos do Ensino Médio atuam como monitores, divulgam a programação e aplicam pesquisas de satisfação. “Percebemos que o intervalo, quando devidamente planejado, pode contribuir para a formação integral, estimulando a criatividade, reduzindo o tempo ocioso e fortalecendo as relações interpessoais”, explica Álvaro.
As atividades são organizadas semanalmente em um cronograma que contempla os pedidos dos próprios alunos. A proposta combina práticas esportivas (futebol, vôlei, queimado), jogos populares (corda, amarelinha, sete cortes), jogos de tabuleiro (xadrez, damas, dominó, uno), além de dança, rádio cultural, teatro, leitura, palestras e jogos eletrônicos.
Essas ações ocupam diferentes espaços da escola, como pátio, quadra, biblioteca e salas de aula, valorizando a diversidade de interesses e garantindo que cada aluno encontre uma opção que o motive a participar.
Antes, muitos estudantes passavam o intervalo no celular, agora, participam de experiências que fortalecem a convivência, estimulam o raciocínio lógico e promovem o movimento corporal. Com uma programação variada, todos os perfis foram contemplados, dos mais ativos aos que preferem atividades de concentração.
Para o professor Álvaro, ver os resultados na prática é o que mais motiva: “O sorriso dos alunos em poder conviver com seus pares, brincar e ter um momento de lazer me faz acreditar e ter esperança de dias melhores para a nossa comunidade escolar.”
A mudança também é sentida pelos próprios estudantes. “Eu acho legal porque não prende a gente só nos estudos. É uma coisa fora da sala, para se divertir na quadra, no pátio, brincar e jogar ao ar livre. Eu acho muito bom isso”, conta Lavinia Alves, do 7º ano.
Já Kauany, do 8º ano, completa: “Agora o intervalo está mais animado. Antes era meio entediante porque a maioria dos alunos ficavam parados, mas com os jogos, as músicas e as brincadeiras ficou muito mais divertido.”
Ótima iniciativa.
Só em tirar essas crianças dos vícios atuais e levar para o mundo lúdico e interarativo , é Maravilhoso!
Parabéns, professor Álvaro!