Antes de começar a leitura, conheça os dois novos conteúdos do Impulsiona, com foco no Fund II e Ensino Médio:
E-book Educação Física Antirracista - conceitos e sugestões de atividades: https://impulsiona.org.br/educacao-fisica-antirracista/
Curso - Como aumentar a participação dos alunos nas aulas de Educação Física: https://impulsiona.org.br/participacao-educacao-fisica/
O Dia Olímpico é comemorado em 23 de junho. No ano de 2020, deveríamos estar a um mês da abertura dos Jogos de Tóquio. Mas a pandemia do coronavírus causou o adiamento da competição e frustrou os planos de milhares de atletas. Alguns deles, porém, merecem uma medalha de ouro pela solidariedade no combate ao COVID-19.
Veja abaixo uma lista de atletas e ex-atletas Olímpicos que estão colocando em prática os valores do esporte: respeito, amizade e excelência.
Começamos com duas atletas que já tinham vaga confirmada em Tóquio 2020. Diante da impossibilidade de competir, elas decidiram ajudar diretamente no combate ao coronavírus.
A judoca argentina Paula Pareto ia em busca do bicampeonato Olímpico na categoria até 48kg. Teve que tirar o quimono e vestir o jaleco (imagem abaixo). Médica traumatologista, Paula está trabalhando em um hospital de Buenos Aires.
Quem também trocou de uniforme foi a australiana Rachael Lynch, um dos destaques da seleção da Austrália de hóquei sobre a grama. Ela está trabalhando como enfermeira em um hospital em Perth. A atleta já tinha o costume de trabalhar como enfermeira na ala de reabilitação neurológica do hospital uma vez por semana, mas agora está atuando como fixa na ala de combate ao COVID-19. Que exemplos!
Um tem dois ouros Olímpicos e já venceu 19 torneios de Grand Slam. O outro tem duas pratas Olímpicas, dois títulos da NBA e é campeão europeu de basquete. Estes são Rafael Nadal e Pau Gasol.
Amigos, os espanhóis estão mais do que acostumados a conquistar títulos dentro de quadra. Mas fora delas eles vão muito bem também. Em abril, os dois se uniram para fazer um leilão beneficente. Foram leiloados artigos como um tênis autografado por Kobe Bryant e a camisa que Nadal usou para vencer Roland Garros em 2019. A dupla arrecadou aproximadamente 800 mil reais para ajudar no combate à doença. Além disso, em março capitanearam um projeto de doações junto à Cruz Vermelha da Espanha chamado “Cruz Vermelha Responde”, que tinha como objetivo arrecadar 11 milhões de euros para ajudar mais de um milhão de pessoas em situações de vulnerabilidade.
No dia 6 de junho, em live realizada através das redes sociais, Nadal e Gasol confirmaram que já tinham arrecadado 14 milhões de euros, ultrapassando a meta estabelecida. A dupla de amigos medalhista Olímpica está honrando os valores do esporte!
Esse projeto envolve atletas renomados de vários esportes no combate ao coronavírus. Gustavo Kuerten, Hortência, Lars Grael, Flávio Canto, Daiane dos Santos, Fabi, Diego Ribas, Bernardinho e outros. A ideia inicial é arrecadar 10 milhões de reais para serem revertidos em cestas básicas, ajudando até 33 mil famílias por três meses.
Destaque especial para os atletas do surfe no projeto. Os Jogos Tóquio 2020 marcam a estreia do esporte na competição. O Brasil já havia definido seus nomes e estava muito bem representado. No masculino, o bicampeão mundial Gabriel Medina e o campeão mundial de 2019 Ítalo Ferreira. No feminino, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima, que já foi vice campeã mundial em duas oportunidades.
Durante a pandemia, os atletas entraram “na onda” das doações. Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb estão envolvidos com o projeto “Vencendo Juntos”. Silvana Lima organizou rifas de kits de surfe para ajudar pessoas mais necessitadas. Ítalo Ferreira deu uma prancha para ser leiloada pelo Centro Espírita e Assistência Alvorada Cristã, uma instituição sem fins lucrativos de Natal, no Rio Grande do Norte. O valor arrecadado vai ajudar na construção de salas de aula e doações de cesta básica nas comunidades do Planalto e Leningrado, na zona oeste de Natal.
Não foi só no Brasil que atletas Olímpicos se uniram no combate ao coronavírus. Nos Estados Unidos, eles criaram a iniciativa Athletes for Covid-19 Relief.
Inúmeros atletas doaram camisas e equipamentos. Michael Phelps, dono de 23 medalhas de ouro Olímpicas, doou uma touca autografada e um óculos e arrecadou mais de 2500 dólares. Simone Biles, dona de quatro ouros e um bronze nos Jogos Rio 2016, doou um collant autografado e o leilão ultrapassou 2900 dólares. Já Shaun White, tricampeão olímpico de snowboard nas Olimpíadas de Inverno, doou uma prancha autografada e arrecadou pouco mais de 2 mil dólares.
A atleta Olímpica que conseguiu mais dinheiro foi a snowboarder americana Chloe Kim, que doou uma prancha autografada usada durante a conquista do ouro nos Jogos de PyeongChang 2018 e arrecadou mais de 18 mil dólares!
Até o momento o grupo já conseguiu mais de 260 mil dólares. A soma arrecadada está sendo destinada à prevenção, tratamento e impactos futuros da COVID-19.
O Brasil já tinha classificado 178 atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Com a pandemia, sem treinamentos e competições, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também se movimentou para ajudar no combate ao coronavírus. Junto com a Federação Paulista de Futebol, o COB apoiou um torneio online de videogame com a presença de jogadores de futebol e artistas, o “Todos por Um”.
O objetivo foi a arrecadação de doações para a ONG G10 das Favelas, que já atua em comunidades carentes. Com a ajuda obtida, a G10 colaborou ainda mais com alimentação, higiene e ações para a conscientização da população para evitar a propagação do vírus. O Comitê também doou máscaras e cestas básicas a professores, funcionários e alunos de quatro Escolas Municipais Olímpicas Cariocas (EMOCs). O COB ainda fez campanhas digitais de prevenção ao coronavírus e apoiou institucionalmente a campanha Vencendo Juntos.
Mais um atleta excepcional para a lista. O suíço Roger Federer tem um ouro e uma prata Olímpicas e é o maior vencedor de Grand Slams da história entre os homens, com 20 títulos. O tenista também venceu por cinco vezes o Prêmio Laureaus, considerado o Oscar do esporte.
Durante a pandemia do novo coronavírus, Roger Federer resolveu marcar mais um ponto. Ele e a esposa Mirka Vavrinec doaram um milhão de francos suíços, pouco mais de cinco milhões de reais, para o combate à doença. Essa ajuda foi para famílias em situação mais vulnerável na Suíça. E não parou por aí.
Através de sua fundação, a Fundação Federer, o suiço doou um milhão de dólares para famílias na África do Sul, Botswana, Malawi, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue, países onde a fundação atua no continente africano. O projeto visa atender 64 mil pessoas em situação de dificuldade. Excelente na grama, no saibro, nas quadras rápidas, Federer conquista mais uma vitória: desta vez fora das quadras. Um atleta completo.
Quem é o melhor jogador de futebol do mundo? Essa discussão é interminável! Fora dos campos, os dois também têm honrado os valores do esporte.
Cristiano Ronaldo, que disputou os Jogos Olímpicos de Atenas 2004, doou leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para hospitais portugueses fazerem o tratamento de pacientes com a COVID-19. Foram duas unidades com capacidade para dez camas cada para o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e mais uma unidade para o Hospital Geral de Santo Antônio, no Porto. Os equipamentos incluem camas, respiradores e monitores cardíacos. As doações chegaram aos quatro milhões de euros. Fora de campo, Cristiano Ronaldo também está entre os melhores: SIIIII!
Já Messi, campeão Olímpico em 2008, doou um milhão de euros para hospitais em Barcelona e na Argentina. Na cidade espanhola, o Hospital Clinic recebeu 500 mil euros para auxiliar na luta contra o coronavírus. Na Argentina, quem recebeu a doação de 500 mil euros foi a Fundação Garrahan, responsável pela campanha “Juntos pela Saúde Argentina”.
O dinheiro foi para ajudar a comprar equipamentos para profissionais de saúde e para o combate à pandemia, como respiradores, monitores, bombas de infusão e computadores para hospitais. Ainda no início da pandemia, Messi participou de campanhas do governo argentino e da FIFA junto a Organização Mundial da Saúde para que a população ficasse em casa e se protegesse. Mais um gol de placa do (talvez) melhor jogador mundo.
Que tal essas lendas do basquete? Michael Jordan e Magic Johnson eram as principais estrelas da seleção americana nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. A equipe entrou para a história como o Dream Team (Time dos Sonhos) e ganhou o ouro invicto, com uma diferença de mais de 30 pontos em todas as partidas.
Fora das quadras, os ex-atletas Olímpicos também estão dando um show no combate ao coronavírus.
Jordan, que também ganhou o ouro em Los Angeles 1984, agora é proprietário do time Charlotte Hornets. Junto com os jogadores da equipe, ele criou um fundo para fornecer assistência financeira aos funcionários do time afetados diretamente pela falta de jogos da NBA. Os salários foram garantidos considerando a quantidade de jogos que a equipe ainda teria por fazer. Mais de 500 funcionários estão recebendo ajuda, desde atendentes de bilheteria até seguranças.
Magic Johnson vem ajudando não só financeiramente, mas também no combate a desinformação. Em novembro de 1991, o ex-atleta anunciou ao mundo que havia contraído HIV e que estava se aposentando da NBA. Agora, durante a pandemia, Johnson afirma é preciso educar e informar de forma correta a população sobre os riscos do coronavírus, algo que, segundo ele, não era realizado no passado a respeito do HIV.
Em paralelo, o americano, sócio majoritário de uma empresa de seguros, está emprestando 550 milhões de reais para negócios geridos por mulheres e negros que tenham sido impactados pela pandemia. A ideia é facilitar o acesso ao dinheiro sem a burocracia e altas taxas de juros dos grandes bancos.
Excelente, parabéns e obrigada.
Que Deus abençoe grandemente esses grandes atletas, pois através de sua doações trouxeram esperança ao que nesse momento precisam.
Grandes pessoas
Grandes Seres Humanos!!!!
uma iniciativa muito boa , todos verdadeiros profissionais estão comprometidos com a sociedade ,sempre procurando melhoras em todos os aspectos para um bem comum.
Uma iniciativa positiva e compromissada com a sociedade deram um show de cidadania palmas para todos isso que é exemplo.