Estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que 8 a cada 10 adolescentes brasileiros mantém dois ou mais hábitos nocivos que contribuem para doenças crônicas, como obesidade, diabetes, problemas cardíacos e câncer.
Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), que reúne informações de 121.580 adolescentes entre 13 e 17 anos, de escolas públicas e privadas em todo o país. Eles responderam perguntas sobre consumo de frutas e vegetais, ingestão regular de refrigerantes, doces e álcool, prática de exercícios, sedentarismo e tabagismo.
O resultado mostra que o principal fator de risco é a falta de atividades físicas. 71,5% dos adolescentes se exercitam pouco. Em seguida, vem a ingestão insuficiente de frutas e vegetais, com 58,4% dos participantes. O sedentarismo aparece em terceiro lugar, citado por 54,1% dos jovens. Veja a lista completa abaixo.
1) Falta de atividade física (71,5%)
2) Ingestão irregular de frutas e vegetais (58,4%)
3) Sedentarismo (54,1%)
4) Consumo regular de guloseimas (32,9%)
5) Consumo de bebidas alcoólicas (28,1%)
6) Consumo regular de refrigerante (17,2%)
7) Tabagismo (6,8%)
Em entrevista ao site da UFMG, Alanna Gomes, residente pós-doutoral da Escola de Enfermagem e uma das autoras da pesquisa, afirma que “há uma necessidade urgente de abordagens dinâmicas e proativas que capacitem os adolescentes a assumir a corresponsabilidade por sua saúde. Ao mesmo tempo, a implementação de políticas intersetoriais é crucial para promover melhores condições de vida e saúde”.
O estudo também cita que, comparando resultados entre as edições de 2015 e 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), nota-se uma redução no consumo de frutas e verduras, diminuição da atividade física e um aumento nos episódios de embriaguez entre os adolescentes.
Além disso, a prevalência do consumo de alimentos ultra-processados permaneceu alta em todos os estados brasileiros, variando de 95,1% no Acre e no Maranhão a 98,8% em São Paulo. O crescente uso de produtos alternativos de tabaco, como narguilé e cigarros eletrônicos, também é motivo de preocupação em todo o país.
Para acessar a pesquisa na íntegra em inglês, clique aqui.
A falta de interesse, incentivo da família , alimentação precária ( mais fácil e rápida ) contribui muito para esses índices de sedentarismo.
Muito interessante, gostei do conteúdo!